quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Cláudia... a Filha caçula!



                                       CAPITULO IV

            Claudia, a caçula da família, já nascera privilegiada, pois havia seus dois irmãos pra lhe darem atenção e lhe abrirem as portas do futuro, pois onde quer que ela quisesse pisar ou conhecer, seus irmãos já o tinham lutado para abrir-lhes as portas! Cresceu mais ensinando do que aprendendo em sua infância, pois era o extremo de seus dois irmãos, onde o que reinava eram as travessuras e molecagens de uma criança ativa e arteira. Seus dias eram na rua com a molecada, nos campinhos de futebol, nas rodas de uma partida acirrada de gude, com seus carrinhos que ganhava no lugar das bonecas, pois era seu maior gosto, quando não, estava em cima da casa, brincando ate mesmo no telhado. Eram surpreendentes as diferenças de cada um, onde o filho homem e mais velho estava lendo na sala, a do meio no quarto brincando de casinha e a caçula na rua, jogando pedra nos postes com a molecada! Era hiperativa naquilo que se dizia, ser criança. Sempre despojada, com suas roupas sempre básicas que acreditava ser o suficiente, pois só gostava de shorts e camiseta, e calçado sempre lhe fora dispensável. Muito apegada aos pais, mas em sua infância sempre se enrabichada com o pai, pois adorava acompanha-lo em seus hobbies de ir sempre a sítios, chácaras, onde tinha criações de cavalos, bois, vacas e lá, ela o assistia abater os animais, comia ali mesmo, numa fogueira improvisada os miúdos do animal que seu pai junto dos amigos preparavam, e corria livre, pelos terrenos onde ela se sentia livre. Aprendeu a dirigir muito cedo, pois nesses passeios tão sucessivos com o pai, ele sempre a deixava no colo pra dirigir e com 11 anos já era uma expert no volante, orgulhosa e feliz, juntamente com o orgulho dos pais por vê-la tão hábil. Na escola sempre foi um fracasso, tivera dificuldades de comunicação, de aprendizado, e com professores... talvez por que usava de um raciocínio muito individual e voltava-se demais pra sentimentos e ilusões... dela e do próximo! Terminou seus estudos básicos com custo e não alcançou uma formação superior por escolher sempre seguir seu coração, e seu coração naqueles momentos dizia que ela não podia ficar longe da mãe. Tinha medo... medo do que ela acabara de descobrir...
            Essa sou eu...

            Penso; "Nem tudo o que eu fui, sou hoje..."
                          Porém, muito do que não sou ainda... é por que deixei de ser eu mesma!”


           

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