domingo, 27 de março de 2011

Conflito Existencial

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Minha ausência neste espaço tem sido plena, eu sei....
Fico pensando o que escrever....se momentos de felicidade...ou momentos de duvidas....
E no decorrer de cada dia aprecio o quanto oscilamos de vazios à abundantes....
De feliz à depressivos....de ricos de saúde para pessoas entregues em nossas camas cheias de dor....dor de alma....dor de falta....dor de medo.....
E quando nos sentimos feliz...é tamanha a empolgação em viver e expressar.. que nos esquecemos de guardar....e logo, muito breve, a felicidade se dissipa!
Talvez por isso ando ausente..por que penso demais....?
E pensando demais....gastamos energia demasiada....nos dedicamos em ver, focar, planejar...pensar....e nos esquecemos de viver....ser...sentir....fazer!
Creio que Deus, em sua sabedoria, quis nos gozar quando nos “abençoou” com este dom de raciocinar....
Ele sabia...com toda certeza sabia que nós ficaríamos aqui, nos debatendo, em conflito constante....pois nosso “consciente inconsciente” ou seria....”consciente inconseqüente”...ou quem sabe ainda “inconsciente inconseqüente”....?! nos move....nos alavanca...nos possuí!
Sei que esse tal “RACIOCÍNIO” nos leva e ao mesmo tempo...nos estanca!! Paralisa!
Pensamos que os sentimentos nos levam....? Engano nosso!
Se somente sentíssemos e vivêssemos....seria o caminho...
Mas quando sentimos, ou antes mesmo de sentirmos algo....mesmo desejando sentir....nos permitimos pensar...planejar....fazer planos que sequer nos cabe....querer prever aquilo que está por vir....ou àquilo que desejamos ter no futuro...amanhã...daqui alguns meses ou anos.
Queria eu, pequeno ser nesta Terra de Gigantes....aprender À simplesmente ser....deixar acontecer...sentir as coisas rolando....se retratando...completando...
Tenho a sensação de que é esta a matéria que devemos nos pós graduar aqui, nesta pequena passagem que Ele nos concedeu...
DEIXAR ROLAR....VIVER O MOMENTO...CURTIR O PRESENTE...SENTIR....SIMPLESMENTE....VIVENDO...UM DIA DE CADA VEZ...CADA SUSPIRO UMA EMOÇÃO....E CADA EMOÇÃO VIVIDA, UMA PAGINA ESCRITA....
Tem uma musica muito bonitinha, que diz assim:
“Antes que seja tarde” – Pato Fu

“Olha, não sou daqui
Me diga onde estou
Não há tempo não há nada
Que me faça ser quem sou
Mas sem parar pra pensar
Sigo estradas,sigo pistas pra me achar
Nunca sei o que se passa
Com as manias do lugar
Porque sempre parto antes que comece a gostar
de ser igual, qualquer um
Me sentir mais uma peça no final
Cometendo um erro bobo, decimal
Na verdade continuo sob a mesma condição
Distraindo a verdade, enganando o coração
Pelas minhas trilhas você perde a direção
Não há placa nem pessoas informando aonde vão
Penso outra vez estou sem meus amigos
E retomo a porta aberta dos perigos
Na verdade continuo sob a mesma condição
Distraindo a verdade, enganando o coração”

....
Somos todos sobreviventes desse mundo recheado de surpresas deliciosas e frustrantes...
Estou tentando me deliciar com as surpresas dignas, verdadeiras e saborosas...e aprendendo (ou pelo menos tentando) à não me abrir com as surpresas frustrantes que muitas vezes se apresenta de forma subita ou consequente......afinal, o que é a vida, senão essa grande universidade de sentimentos e carater...?
Saudações verdadeiras e calorosas àqueles que, mesmo sabendo que isto não passa de um desabafo simplório de um coração ainda mais pequeno....ainda assim, me leêm, e ainda se dispõe à me deixar um recadinho cheio de amor....

C.C.Mantovani

terça-feira, 22 de março de 2011

Curta a Vida


Viver é um espetáculo imperdível...
Você pode ter defeitos, viver ansioso e ficar irritado algumas vezes, mas não se esqueça de que sua vida é a maior empresa do mundo.
Só você pode evitar que ela vá à falência.
Lembre-se sempre de que ser feliz não é ter um céu sem tempestades, caminhos sem acidentes, trabalhos sem fadigas, relacionamentos sem decepções.
Ser feliz é encontrar força no perdão, esperança nas batalhas, segurança no palco do medo, amor nos desencontros.
Ser feliz não é apenas valorizar o sorriso, mas refletir sobre a tristeza.
Não é apenas comemorar o sucesso, mas aprender lições nos fracassos.
Não é apenas ter júbilo nos aplausos, mas encontrar alegria no anonimato.
Ser feliz é reconhecer que vale a pena viver a vida, apesar de todos os desafios, incompreensões e períodos de crise.

Ser feliz não é uma fatalidade do destino, mas uma conquista de quem sabe viajar
para dentro do seu próprio ser.
Ser feliz é deixar de ser vítima dos problemas e se tornar um autor da própria história.
É atravessar desertos fora de si, mas ser capaz de encontrar um oásis no recôndito da sua alma.
É agradecer a cada manhã pelo milagre da vida.
Ser feliz é não ter medo dos próprios sentimentos.
É saber falar de si mesmo.
É ter coragem para ouvir um "não".
É ter segurança para receber uma crítica, mesmo que injusta. É beijar os filhos, curtir os pais e ter momentos poéticos com os amigos, mesmo que eles nos magoem.
Ser feliz é deixar viver a criança livre, alegre e simples que mora dentro de cada um de nós.
É ter maturidade para falar "eu errei".
É ter ousadia para dizer "me perdoe".
É ter sensibilidade para expressar "eu preciso de você".
É ter capacidade de dizer "eu te amo".

Faça da sua vida um canteiro de oportunidades.
Que nas suas primaveras você seja amante da alegria.
Que nos seus invernos você seja amigo da sabedoria.
E, quando você errar o caminho, comece tudo de novo.

Pois assim você será cada vez mais apaixonado pela vida e descobrirá que ser feliz não é ter uma vida perfeita, mas é usar as lágrimas para irrigar a tolerância, usar as perdas para refinar a paciência, usar as falhas para esculpir a serenidade, usar a dor para lapidar o prazer, usar os obstáculos para abrir as janelas da inteligência.

Jamais desista de si mesmo.
Jamais desista das pessoas que você ama.
Jamais desista de ser feliz, pois a vida é um espetáculo imperdível...


de: Augusto Cury

terça-feira, 15 de março de 2011

Pequeno tratado sobre a mortalidade do amor



Todos os dias morre um amor. Quase nunca percebemos, mas todos os dias morre um amor. Às vezes de forma lenta e gradativa, quase indolor, após anos e anos de rotina. Às vezes melodramaticamente, como nas piores novelas mexicanas, com direito a bate-bocas vexaminosos, capazes de acordar o mais surdo dos vizinhos. Morre em uma cama de motel ou em frente à televisão de domingo. Morre sem beijo antes de dormir, sem mãos dadas, sem olhares compreensivos, com gosto de lágrima nos lábios. Morre depois de telefonemas cada vez mais espaçados, cartas cada vez mais concisas, beijos que esfriam aos poucos. Morre da mais completa e letal inanição.

Todos os dias morre um amor. Às vezes com uma explosão, quase sempre com um suspiro. Todos os dias morre um amor, embora nós, românticos mais na teoria do que na prática, relutemos em admitir. Porque nada é mais dolorido do que a constatação de um fracasso. De saber que, mais uma vez, um amor morreu. Porque, por mais que não queiramos aprender, a vida sempre nos ensina alguma coisa. E esta é a lição: amores morrem.

Todos os dias um amor é assassinado. Com a adaga do tédio, a cicuta da indiferença, a forca do escárnio, a metralhadora da traição. A sacola de presentes devolvidos, os ponteiros tiquetaqueando no relógio, o silêncio ensurdecedor depois de uma discussão: todo crime deixa evidências.

Todos nós fomos assassinos um dia. Há aqueles que, feito Lee Harvey Oswald, se refugiam em salas de cinema vazias. Ou preferem se esconder debaixo da cama, ao lado do bicho-papão. Outros confessam sua culpa em altos brados, fazendo de pinico os ouvidos de infelizes garçons. Há aqueles que negam, veementemente, participação no crime, e buscam por novas vítimas em salas de chat ou pistas de danceteria, sem dor ou remorso. Os mais periculosos aproveitam sua experiência de criminosos para escrever livros de auto-ajuda com nomes paradoxais como "O Amor Inteligente", ou romances açucarados de banca de jornal, do tipo "A Paixão Tem Olhos Azuis", difundindo ao mundo ilusões fatais aos corações sem cicatrizes.
Existem os amores que clamam por um tiro de misericórdia: corcéis feridos.

Existem os amores-zumbis, aqueles que se recusam a admitir que morreram. São capazes de perdurar anos, mortos-vivos sobre a Terra teimando em resistir à base de camas separadas, beijos burocráticos, sexo sem tesão. Estes não querem ser sacrificados, e, à semelhança dos zumbis hollywoodianos, também se alimentam de cérebros humanos, definhando paulatinamente até se tornarem laranjas chupadas.

Existem os amores-vegetais, aqueles que vivem em permanente estado de letargia, comuns principalmente entre os amantes platônicos que recordarão até o fim de seus dias o sorriso daquela ruivinha da 4a. série, ou entre fãs que até hoje suspiram em frente a um pôster do Elvis Presley (e, pior, da fase havaiana). Mas titubeio em dizer que isso possa ser classificado como amor (Bah, isso não é amor. Amor vivido só do pescoço pra cima não é amor).

Existem, por fim, os amores-fênix. Aqueles que, apesar da luta diária pela sobrevivência, das contas a pagar, da paixão que escasseia com o decorrer dos anos, da TV ligada na mesa-redonda ao final do domingo, das calcinhas penduradas no chuveiro e das brigas que não levam a nada, ressuscitam das cinzas a cada fim de dia e perduram - teimosos, e belos, e cegos, e intensos. Mas estes são raríssimos, e há quem duvide de sua existência. Alguns os chamam de amores-unicórnio, porque são de uma beleza tão pura e rara que jamais poderiam ter existido, a não ser como lendas. Mas não quero acreditar nisso.

Um dia vou colocar um anúncio, bem espalhafatoso, no jornal.

PROCURA-SE: AMOR-FÊNIX
(ofereço generosa recompensa)



Por:
Alexandre Inagaki

segunda-feira, 14 de março de 2011

Mario Quintana


Lá bem no alto do décimo segundo andar do Ano
Vive uma louca chamada Esperança
E ela pensa que quando todas as sirenas
Todas as buzinas
Todos os reco-recos tocarem
Atira-se
E
— ó delicioso vôo!
Ela será encontrada miraculosamente incólume na calçada,
Outra vez criança...
E em torno dela indagará o povo:
— Como é teu nome, meninazinha de olhos verdes?
E ela lhes dirá
(É preciso dizer-lhes tudo de novo!)
Ela lhes dirá bem devagarinho, para que não esqueçam:
— O meu nome é ES-PE-RAN-ÇA...