A vida contada aos Avessos....
Por Claudia Casati Mantovani
Eles se encontravam escondidos, pois seu
romance no começo não era permitido...encontravam-se em lugares diversos, eram
jovens, amavam-se loucamente! Quando estavam juntos, o mundo todo não existia e
tudo era completo e mágico. Bastavam à eles o sentimento explosivo da paixão
que neles explodia em corpo e alma...eram únicos em harmonia e amor! O mundo à
eles pertencia quando estavam um com o outro.Até que um dia, resolveram se
casar...
Ele era um jovem bonito, com corpo perfeito,
forte, inteligente, batalhador e romântico, sabia como se conquistava uma mulher...tinha
sonhos e era capaz, ele sabia que era capaz de vencer! Trabalhava dias a fio
para idealizar sua vida, de sua família e de seu próprio ego. Seu nome era Fátima, era com ela que ele sonhava e
desejava, e por ela que trabalhava e vencia seus medos e dores. Ela era uma
mulher linda, forte, com traços marcantes, com brilho no olhar e irradiava a
beleza feminina que nele se impregnava...era amor o que ele sentia, amor
verdadeiro e sublime..
...Cláudio...seu nome soava em seus poros e
ela sonhava com ele acordada. Desejava-o como um todo e nele se fazia mulher!
Ela era uma sonhadora, indiscutivelmente romântica e sorria com a alma ao mundo
sem nada cobrar...À ela só importava seu amor, seu homem, sua vida com ele e
nada mais...planejava filhos, uma boa casa e sempre o dom de poder cuidar e se
dedicar a seu marido amado. A vida não lhe proporcionara tamanho luxo, e se
contentava em viver numa casa simples,
pequena, e com mínimos recursos, porem, sabia que era abundante em amor e
felicidade, e o tempo lhes daria o conforto e luxo desejado, pois seu marido
era seu sonho, e tudo se realizaria!Meses depois de se casarem veio seu
primeiro filho, Marcelo; um menino forte, bonito e saudavelmente feliz. O meses
passaram e com seu filho nos braços, cuidava da casa, da roupa de seu marido
amado, de seus afazeres domésticos e já carregava dentro de si sua segunda
filha, Andréa, que veio no decorrer de 13 meses após o nascimento de Marcelo.
Menina...a pupila dos olhos do pai, saudável, grande, loirinha...olhos claros...era
um sonho pra eles, já tendo Marcelo andando pela casa como se fosse o dono
desta. E como se o destino fosse senhor de si, a vida se encarregava de tudo
acontecer e se tornar, enquanto Marcelo estava se destacando em sua vida
imaginaria e feliz, e Andréa já estar fazendo de sua casa um sol iluminado...20
meses depois, nasceu sua terceira filha, Claudia, pequena, carequinha e
abençoadamente feliz, como toda criança que vem ao mundo...era 04 de outubro de
1976, 18:30 horas daquela terça feira; O medico de Fátima disgnosticara seu
parto por volta das 9 horas da manhã, porém, sua mãe, ignorando a orientação de
seguir imediatamente ao Hospital São Francisco, na cidade de Americana, para que
assim, se realizasse seu parto, resolveu caminhar pelas ruas da cidade e
aproveitar o quão lindo era aquele dia, e sentir o suave calor do sol penetrar
cada poro de seu corpo...sabia que ali, naquele exato momento existia algo de
mágico, de exuberante...de místico. Era seu encontro com ela mesma e com seu
fruto, junto com seu Criador, que a tudo entregava e confiava.Foi numa padaria
que ela encontrou refugio para seus pensamentos...tomando uma cerveja escura,
saboreou uma coxinha e lá se deixou levar pelos mais infinitos pensamentos que
pode-se imaginar! Talvez estivesse com medo...talvez se sentia só naquele
momento tão grandioso na vida de uma mulher...ou será que o sentimento era de
êxtase..?Por querer curtir os últimos momentos de resguardar sua cria, sua terceira
filha...?Quisera Deus, saber o que se passava em seus pensamentos e o que
sentia essa mulher...por onde seus pensamentos a levaram e o que exatamente a
fazia estar tão entregue a ponto de perder a pressa de dar à luz?
Penso; “ Ser mãe é padecer no
Paraíso...e na Padaria!”
2 comentários:
Clau
Que ideia maravilhosa! Adorei a nova cara do blog e ter oportunidade de saber um pouco mais sobre você. Que bacana!
Beijos
Faço das palavras da Pê as minhas.
O que mais gostei foi o vigor do texto, que combina muito com a cor da fonte. Paixão,sensibilidade aflorada.
Tava com saudades de você.
Bj!
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